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Foto do escritorJosé Edmar Gomes

TELMA FERREIRA GÂNDARA Arte expressa sentimentos


Telma Gândara ministrando uma das oficinas de artesanato que irá ao ar semanalmente


- A arte é uma forma de expressar sentimentos, dentro de qualquer estilo artístico. Assim define a professora Telma Ferreira Gândara, a manifestação estética que abraçou na sua vida profissional. Ela coordena a Oficina de Artesanato do ARTE NA PRAÇA, que irá ao ar uma vez por semana, através do canal do Projeto.


A professora atualmente oferece cursos, na sua loja/ateliê, a Telm’Art da Quadra 8, onde são transmitidas aos alunos técnicas de trabalhos manuais, como pátina, decoupagem, envelhecimento, metalização, etc.


Telma Gândara é baiana de nascimento, mas sobradinhense de fato, pois mudou-se para cá com apenas um ano de idade e, desde criancinha, sentia impulso por transformar materiais em objetos. Ela não podia ver um pedaço de madeira, retalhos e linhas de algodão, que logo aquilo se transformava em bonecas e outros brinquedos.


Foi assim, em casa e nas escolas de primeiro grau e no Centro Educacional 02, onde concluiu o magistério, aos 17 anos, em 1983, quando deu vazão a sua aptidão para ensinar, sendo logo contratada para lecionar para crianças de primeira à quarta séries. “Sempre fui apaixonada pela arte de ensinar. Está no meu sangue”, confessa.

Mas sua experiência não parou nas salas de aula de Sobradinho, Telma logo ingressou na Faculdade Dulcina de Moraes e, em 2001, já concluía sua Licenciatura Plena em Artes Plásticas e, imediatamente, foi convidada por uma escola da Cidade Serrana para assumir 23 turmas de arte.


“Sempre tive habilidade e desenvoltura para transmitir o que sei e a minha formação superior em artes me completou e me realizou, como artista e como pessoa, porque, através da arte, o ser humano passa a conhecer toda a sua história”, ensina.


Telma salienta que o homem pré-histórico usava a arte, não apenas como aspecto lúdico e contemplativo, mas para se comunicar e registrar seus passos pelo planeta, que chega até nós em forma de desenhos rupestres nas cavernas, servindo de objeto de estudo para cientistas e antropólogos.


“Esses registros podem não ter forma artística apurada, pois são objetos concebidos para comunicar uma situação ou uma ideia”, explica.


A professora afirma que hoje os artistas e intelectuais produzem arte contemporânea e, às vezes, o cidadão chega numa galeria e não compreende muito o que uma peça quer dizer, mas quando o autor explica o sentimento que ele colocou na obra, a pessoa vai entender que o que está sendo narrado tem a ver com o momento histórico que o país e sua sociedade atravessam.


Telma observa que artistas de linguagem hermética, como Salvador Dali, Pablo Picasso e os modernistas não seguem o padrão acadêmico, mas expressam o sentimento que vivenciaram ou vivenciam. “Ao contrário de Leonardo da Vinci, que dissecava cadáveres para buscar maior realismo para sua pintura”.


Discussões à parte, a professora Telma Gândara, do alto de sua experiência acadêmica e pedagógica, observa que todos somos capazes de criar, haja vista certas pessoas que chegam em seu atelier incapazes de escolher uma cor ou uma figura, devido a certos bloqueios que adquiriram na vida.


“A partir do trabalho que desenvolvo, elas vencem os bloqueios, ganham autonomia e se tornam capazes de fazer certas opções que lhes permitem elaborar uma peça de artesanato. Então elas me dizem: cheguei aqui de uma forma e saio de outra”.

Para Telma, esta é a importância da arte, que não é só estética, mas transformadora, no sentido da evolução pessoal.

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