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Foto do escritorJose Edmar Gomes

ARTE NA PRAÇA VII

Chorinho brasileiríssimo do Cena do Choro, a música eclética de Flávia Lindgren e a deslumbrante dança do ventre de Karol Thayná

 

O Projeto ARTE NA PRAÇA vai apresentar, neste sábado, 23 de novembro, mais uma noite de eventos especiais, na Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho.


A partir das 19h, o grupo de chorinho Cena do Choro, que vem apresentando o projeto/show Pilares do Choro, nos palcos do DF, vai homenagear mestres do gênero, como Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu, Chiquinha Gonzaga e Joaquim Callado, autores de “obras que moldaram a rica tapeçaria musical brasileira”.


O repertório do grupo inclui também obras referenciais de compositores do naipe de Cartola, Nélson Cavaquinho, Tom Jobim e Chico Buarque, em releituras instrumentais, com participação vocal da atriz, pandeirista e cantora Carol Senna.


Em seguida, sobem ao palco a professora Karol Thayná e seu cast de dançarinas do ventre, que vêm apresentando um espetáculo de dança  diferenciado e de grande impacto, todas as noites de sábado.


A cantora paraense/brasiliense, de experiência internacional, Flávia Lindgren, abre o show de encerramento da noite com música lounge, para momentos intimistas; depois parte para ritmos dançantes, com muito rock, MPB e os ritmos de sua terra, o Pará.


Flávia se apresentará ao lado do impecável guitarrista Carlos Ovelar e do baixista Giovanni Sena, especialista em jazz e MPB.


Este é o sétimo ano de realização consecutiva do ARTE NA PRAÇA, desenvolvido pela Associação ARTISE de Arte Cultura e Acessibilidade, a partir de termo de fomento com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa; com apoio da Administração Regional.


A realização do ARTE NA PRAÇA, durante todos esses anos, foi possível graças a emendas parlamentares do distrital Ricardo Vale (PT/DF), que defende a cultura das comunidades do Distrito Federal.

 

CENA DO CHORO & CAROL SENNA

O choro é o mais brasileiro dos gêneros musicais. Com isso concordam o jornalista, pesquisador e musicólogo Ricardo Cravo Albin, autor do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, e outros pesquisadores e críticos da MPB.


O ritmo nasceu por volta de 1870, nas rodas de músicos e boêmios da Cidade Nova, Estácio, Tijuca, Catete e região do centro histórico do Rio de Janeiro. De lá para cá, permanece como nasceu: simples, sonoro e elegante!


O choro -- que vem do encontro do bandolim, flauta, violão de sete cordas, pandeiro, cavaquinho e clarinete -- tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), título oficializado em cerimônia no Clube do Choro de Brasília.


O choro tem seu dia comemorado em 23 de abril, data do aniversário de Pixinguinha, que nasceu em 1897.  


Neste sábado, 23 de novembro, quem quiser fazer uma imersão no ritmo que se confunde com a alma musical brasileira, através de páginas musicais atemporais, como Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, e Brasileirinho, de Waldir Azevedo, por favor, dirija-se à Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho, a partir das 19h.


Neste horário, o grupo musical Cena do Choro, sobe ao palco, capitaneado pela Musa do Chorinho de Brasília, a pandeirista Carol Senna, que já liderou o Sem Chorumelas e, agora, parte para esta empreitada mais didática, ao lado de Márcio Carvalheira (violão sete cordas) e Maikon Canhola (flauta transversal).


O Cena do Choro surgiu este ano, com o intuito de resgatar os pilares do choro, e já está executando o projeto em torno do qual o grupo foi criado e denomina-se exatamente Pilares do Choro.


O espetáculo já foi apresentado na Biblioteca Nacional de Brasília, homenageando Zequinha de Abreu, e no Teatro de Sobradinho, contemplando as obras de Zequinha de Abreu e Ernesto Nazareth e vai seguir carreira, daqui para frente, ocupando os espaços que respeitam a legítima MPB.


Pilares do Choro é um projeto singular, que homenageia os mestres Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu, Chiquinha Gonzaga e Joaquim Callado, figuras que moldaram a rica tapeçaria musical brasileira, com obras que transcendem gerações e pulsam com a essência da música brasileira,” define o material promocional do espetáculo.


Mas o repertório do grupo vai além destes quatro mestres e inclui obras de compositores que absorvem o chorinho, como Cartola, Nélson Cavaquinho, Tom Jobim e Chico Buarque, em releituras instrumentais, que contam com participação vocal de Carol Senna.


CLUBE DO CHORO

É a própria Carol, cujo nome inspirou o batismo do Cena do Choro, que ressalta a real importância do Clube do Choro e sua Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, onde estudou, para a cena musical de Brasília.


“O Clube do Choro surgiu discretamente, em 1977, como uma fundação voltada para a difusão e preservação do gênero musical, mas a Escola valoriza e promove o chorinho, qualificando centenas de músicos que preservam o ritmo,”


Para Carol Senna, o Chorinho é sim uma expressão musical genuinamente brasileira, mas teve influência europeia, vinda com a Corte Portuguesa, em 1808, misturando-se ao que já se tocava aqui, naquela época, de tradição africana e indigenista.


Para a apresentação de sábado, no ARTE NA PRAÇA, o grupo preparou um repertório variado, de compositores consagrados do chorinho, mas também com composições "lado B", para ampliar a cultura musical do gênero perante o público.


Vejam o perfil dos integrantes do grupo Cena do Choro:

CAROL SENNA - cantora e atriz - iniciou seus estudos de música em 2009, integrando o grupo Carolinas, dedicando-se à preparação vocal e corporal.


Em 2018, conheceu o pandeiro e começou a estudá-lo em casa, mas logo matriculou-se na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello e se tornou uma admirável pandeirista, estudando diversos ritmos para o instrumento.


Em 2019, fundou o grupo Sem Chorumelas e, atualmente, integra o Cena do Choro como pandeirista e produtora.


MAIKON CANHOLA -- Iniciou estudos musicais em 1992, no Conservatório Lagunense de Música, EM Laguna -SC, sob orientação do professor Cristóvão Bettoni.


Foi aluno também de flautistas renomados, como Celso Woltzenlogel, José Ananias e Odette Ernest Dias. Atualmente, atua como flautista em grupos de câmara, orquestras e projetos musicais, na área erudita e popular; além de integrar o Cena do Choro.


MÁRCIO 7 CORDAS -- Violonista popular, paulista de Promissão, filho de radialista, sempre teve contato com a música. Conheceu o chorinho, em 1997, quando mudou-se para Brasília, e o ritmo tornou-se seu estilo musical preferido.


Estudou na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, com o mestre Fernando Cezar, em 2012, consolidando sua adoração pelo som do violão de sete cordas. Integrou várias formações de grupos de choro e samba, atuando em apresentações formais e populares.


Dedica-se ao aprimoramento do timbre e técnica do violão em cordas mistas aço/nylon, no estilo e técnica do saudoso violonista carioca Dino 7 Cordas.

 

FLÁVIA LINDGREN

Atenção, Sobradinho! Uma estrela de primeira grandeza vai brilhar na sua Praça central, neste sábado, 23 de novembro, trazendo a luz de sua arte para se juntar ao brilho da noite de Natal, que já se aproxima.


 Flávia Lindgren vem de longe e sua história musical também. Ela começou aos 11 anos, em casa, cantando para o irmão que queria aprender a tocar violão e tinha vergonha de cantar.


Aliás, sua família era muito musical: sua mãe tocava acordeona e seus tios, violão, nos saudosos saraus da família, regados a vatapá e açaí. Tudo isso na terra do calypso.


Mas, na adolescência, Flávia gostava mesmo era de dançar... e levou a dança a sério. Cursou ballet clássico e foi bailarina das academias Clara Pinto, em Belém, e integrante do grupo DançArte, da Royal Academy, em Brasília, onde dançou os espetáculos 100% Jazz, A Bela e a Fera, O Lago dos Cisnes, Dom Quixote...​


Sua paixão pela dança a levou também a experiências com dança de salão; sapateado americano; jazz; street dance e dança do ventre contemporânea e flamenca.


Linda como é, foi modelo fotográfico e garota-propaganda na TV. Em Brasília, participou da campanha de inauguração do shopping Pátio Brasil e estudou teatro, por dois anos, no Art Studio.


Seu amor pela música evoluiu para o preciosismo e a levou a estudar canto popular, com o mestre Luis Sales; e canto lírico, com Francisco Frias, mestre da Escola de Música de Brasília.

 

POPSTAR

Flávia Lindgren logo se tornou uma cantora admirável e foi buscar oportunidades em São Paulo, onde participou do reality PopStar, do SBT, superando 29. 976 candidatas, em março/abril de 2002.


Isso mesmo que você leu: eram 30 mil moçoilas inscritas e Flávia alcançou o 24º lugar. As cinco primeiras colocadas foram escolhidas para integrar a girl band Rouge, que alcançou enorme sucesso entre os adolescentes.​


Em 2003, a empresa inglesa Peel a contratou para cantar e dançar nos cruzeiros marítimos do navio Island Scape. Após dois anos, foi convidada pelo comediante brasileiro, Ciro Santos, para atuar no espetáculo Titia te ama, amor, em Portugal.


Flávia volta a Brasília, no ano seguinte, e forma-se em Jornalismo, mas  continua a trabalhar em academias de dança e a cantar em bandas de baile, em competições de quadrilhas e a desenvolver projetos próprios.


Aqui, chegou a gravar CDs sertanejos, mas a sua praia mesmo sempre foram a MPB e pop/rock e Flávia acabou cruzando-se com o prestigiado guitarrista, Simão Santos, com quem ela se apresentou nas edições anteriores do Projeto ARTE NA PRAÇA.


“O ARTE NA PRAÇA é envolvido por energia positiva e a gente está precisando de muita energia positiva. Encantei-me com o projeto, desde que o conheci”, revela a cantora.


Embora tendo-se ambientado em Brasília, Flávia continua a amar sua terra natal; os costumes, a culinária, a música e a dança paraenses. “Tudo aquilo nos traz alegria e vontade de viver a vida,” expressa.


A artista se considera eclética e gosta dos vários gêneros musicais. “Gosto do que toca e arrepia a alma, sou muito romântica e alegre. Tudo que envolve esses dois universos conquista lugar no meu repertório.”


Ultimamente, Flávia tem trabalhado com a lounge music, nas suas apresentações em restaurantes, eventos corporativos e particulares. Porém, a sua veia paraense não abandona os ritmos mais dançantes, quando o ambiente assim o permite.


O carimbó está sempre presente nas suas apresentações, segundo ela, para que mais pessoas possam conhecer o quão rica é a cultura paraense.


“Cantoras como Dona Onete, Joelma, Gaby Amarantos e, mais recentemente, a Manu Batidão, são essenciais para a divulgação da cultura paraense, que é muito rica, divertida e apaixonante,” observa.


MÚSICA LOUNGE E CARIMBÓ

Atualmente, Flávia Lindgren, trabalha com duas vertentes musicais: a música lounge, para momentos mais intimistas; e ritmos dançantes, para festas particulares, com muito rock, MPB e os ritmos de sua terra: o brega e o carimbó.


“O show de sábado será uma amostra da parte lounge que venho estudando, deixando fluir meu lado mais romântico e técnico,” promete.


Flávia se apresentará ao lado do impecável guitarrista, arranjador e professor Carlos Ovelar, que estudou na Escola de Música de Brasília e no Ad Libitum Talkin Jazz, de São Paulo; do baixista Giovanni Sena, licenciado em Música pela UnB, professor da EMB e especializado em Jazz, pela Louisville University, dos Estados Unidos; e da tecladista brasiliense Carol Souza, que é pianista e multi-instrumentista, criadora do projeto musical Elas em Si.


O trio de currículos invejáveis apresentará sucessos imortais, nacionais e internacionais, em versões lounge music/pop jazz e pitadas de bossa e MPB.

(Para quem quer saber, lounge é um gênero musical que provoca a sensação de estar em outro lugar-- como uma praia deserta ou no  espaço... – a partir da harmonia de músicas dos anos 50/60 e bossa nova).

“Frank Sinatra, Norah Jones, Tom Jobim e Djavan serão alguns dos grandes nomes que interpretarei no show de sábado, na Praça das Artes de Sobradinho,” garante Flávia Lindgren.

Que o sábado venha logo!

 

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