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Foto do escritorJose Edmar Gomes

ARTE NA PRAÇA VII

Sambashow de Renato dos Anjos, a voz marcante de Rigo Nunes e o encanto de Karol Thayná

Neste sábado, 26 de outubro, o palco da Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho vai oferecer três atrações de grande apelo popular, na décima primeira noite da sétima edição do Projeto ARTE NA PRAÇA, que vem atraindo centenas de pessoas à área central da Quadra 8.


A primeira atração é um sambista de renome, aqui e no Rio de Janeiro. Partideiro de responsa, que já pisou as principais quadras cariocas e  compôs sambas-enredo para as grandes escolas da Sapucaí e do Sambródomo.


Renato dos Anjos vai conectar os tambores da nossa ancestralidade, a partir das 19h, puxando o ritmo originário da sombra dos baobás africanos, que chegou aos terreiros do Rio, pelas mãos da baiana Tia Ciata, na virada do século XIX para XX.


Às 21h, quem sob ao palco é outro cantor de renome em Brasília: Rigo Nunes, conhecido por seu vozeirão e pelo repertório qualificado, que vai de Vander Lee, passa por Roberto Carlos, chega à velha guarda e a sucessos da era de ouro do rádio.


Este ano, ele defendeu a marchinha ET Ladrão de Joias, campeã do enredo do bloco Pacotão, que foi um grande sucesso na mídia nacional. “Foi uma maravilha, é sempre uma alegria cantar para as multidões, na contramão da W3”, comemora.


Rigo também é o criador do bordão: Ôh festa boa! Ôh lugar legal! que ele sempre repete nos seus shows e já está na boca do povo.

 

 A programação da noite conta, também, com a apresentação da dançarina Karol Thayná, especialista em dança do ventre, atração permanente nos intervalos dos shows, que sempre é muito esperada e aplaudida.


O ARTE NA PRAÇA é desenvolvido pela Associação ARTISE de Arte Cultura e Acessibilidade, há seis anos, a partir de termo de fomento com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa; apoio da Administração Regional e a inestimável colaboração do mandato do distrital Ricardo Vale.

 

RENATO DOS ANJOS

No sábado, 26 de outubro, os tambores do samba voltam a conectar à nossa ancestralidade, a partir da Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho.


O sambista Renato dos Anjos vai puxar, às 19h, o ritmo originário da sombra dos baobás africanos, que chegou às rodas de samba do terreiro da baiana Tia Ciata, no Rio de Janeiro, na virada do século XIX para o XX.


Tia Ciata veio de Santo Amaro da Purificação (BA) e trouxe consigo o samba de roda, que deu origem ao samba carioca. Sua casa era frequentada por gente do naipe de Joao da Baiana, Donga e Pinxiguinha.


Foi lá que nasceu o primeiro samba gravado, Pelo telefone. O ritmo depois brilhou na Praça 11, com o desfile das 19 primeiras escolas de samba, em 1932, cuja campeã foi a Mangueira e, de lá pra cá, o samba virou sinônimo de brasilidade.


O sambista Renato dos Anjos começou sua carreira bem cedo, aos 11 anos, justamente no Rio de Janeiro, onde estudou música e aprendeu a tocar instrumentos de sopro e guitarra. Nesta época, participou também do Coral da Petrobras.


Em seguida, fundou uma banda de baile, onde tocava, cantava e animava festas em várias cidades do estado, durante três anos, interpretando sucessos dos anos 70, 80 e 90.


Mas Renato demonstrava paixão pelo samba, desde pequeno, e não perdia os desfiles dos blocos de carnaval e rodas de samba, nas proximidades de sua casa.


Em 1997, teve sua primeira experiência como ritmista de uma escola de grande porte, quando iniciou sua participação na bateria da Vila Isabel e, logo depois, na Portela.


Sua ascensão no mundo do samba carioca foi rápida e, já em 1999, passou a integrar alas de compositores de grandes escolas, vencendo concursos e emplacando sambas de sua autoria na avenida.


Isso ocorreu na Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio e Alegria da Zona Sul. Este ano, ele voltou a desfilar pela Vila Isabel.


Ao mudar-se para o DF, integrou-se à Escola de Samba Bola Preta de Sobradinho, onde desenvolveu um projeto de percussão e passou a se apresentar na Aruc; no Samba da Guariba, um coletivo de samba de Ceilândia Sul; e em outras rodas de samba do DF.


Hoje, ele faz shows solos, em várias cidades do DF e do Rio de Janeiro,  solando seu cavaquinho ou acompanhado por sua banda, abrindo espaço para o samba-raiz por onde se apresenta.


Renato é um sambista elegante e tem um repertório requintado. Ele dá o melhor de si para agradar ao público e mostrar o samba e suas origens às futuras gerações.


Neste sábado, ele promete muito samba e MPB, na Praça das Artes, ao lado de uma banda também de responsa: Adriano (percussão geral), André (bateria), Toninho (Violão) e Carlão (teclados).

 

RIGO NUNES

O cantor Rigo Nunes é conhecido por seu vozeirão e pelo repertório requintado, que vai de Vander Lee, passa por Roberto Carlos, chega à velha guarda e a sucessos da era de ouro do rádio.


Aos três anos, ele mudou-se do Ceará para Brasília, com sua família, e aprendeu a gostar de música por intermédio de seu pai, Domingos Madruga, boêmio e seresteiro, que lhe ensinou os primeiros acordes do violão e muitas canções do cancioneiro popular.


No final dos anos 80, no entanto, ele chegou a participar da banda de rock Frequência Modulada; mas no início dos 90 passou a cantar em barzinhos, o primeiro deles foi o Pamonhas e Batatas.


Logo seu talento foi reconhecido, sobretudo, pela sua voz diferenciada, e ele recebeu convites (e aceitou) para trabalhar com a banda Da Cor da Serra, Banda Artise, Amélia Pinheiro, Rosemaria, Simão Santos, Jardel Gomes, Alex Paz e Banda e... por aí vai.


Ao longo dos seus 30 anos de carreira, Rigo Nunes participou dos CDs e DVDs do programa de TV Pampa & Cerrado e de eventos públicos do GDF; da Feicotur de Sobradinho, da Feira da Lua Especial de Sobradinho e animou blocos de carnaval e aniversários das diversas cidades do DF.


O cantor, que é registrado na Ordem dos Músicos do Brasil, sob o número OMB-1284, tem seu grande momento no alto do trio elétrico do Pacotão, o maior e mais antigo bloco de carnaval de Brasília, onde anima mais de 20 mil pessoas, todos os anos.


Este ano, ele defendeu a marchinha ET Ladrão de Joias, campeã do enredo do bloco, que foi um grande sucesso na mídia nacional. “Foi uma maravilha, é sempre uma alegria cantar para as multidões, na contramão da W3”, comemora.


Mas Rigo também é o criador do bordão: Ôh festa boa! Ôh lugar legal! que ele sempre repete nos seus shows e já está na boca do povo.


É com este espírito cordial e bem humorado, que o cantor vai assumir o palco do 11º evento, desta temporada, do Projeto ARTE NA PRAÇA, neste sábado, 26 de outubro, ao lado de Pierre Simões (teclados), Gean Santos (contrabaixo) e Washington Cerqueira (bateria). 


Rigo confessa que não anda muito satisfeito com a qualidade musical que a mídia vem veiculando. Para ele, os músicos do Brasil e de Brasília produzem obras excelentes, que, no entanto, não chegam às pessoas, pois “estranhamente” as rádios optam por tocar música de baixa qualidade.


O cantor, porém, louva a existência de iniciativas como o Projeto ARTE NA PRAÇA, que “permite aos artistas e músicos locais mostrarem sua arte à cidade onde moram, sendo decentemente remunerados por isso”.


Neste sábado, às 21h, Rigo Nunes vai interpretar cerca de 30 canções, na Praça das Artes, um repertório variado que inclui MPB, pop, reggae, forró, sambas, sambas enredo, axé...


Ô festa boa!

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