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Foto do escritorJose Edmar Gomes

ARTE NA PRAÇA V

Célia Rabelo traz MPB de qualidade à Praça das Artes

O sétimo evento da Fase V do Projeto ARTE NA PRAÇA, que está em andamento aos sábados, na Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho, traz uma atração especial. Trata-se da cantora brasiliense Célia Rabelo, respeitada e admirada pela mídia e admirada pela classe artística.


Neste sábado, 25 de março, a MPB terá um tratamento nobre na voz da cantora de repertório requintado, que agrada qualquer plateia e, certamente, vai agradar o grande público que tem prestigiado os shows do ARTE NA PRAÇA, público este que aumenta a cada semana.


A festa começa sempre com o aulão de dança da professora Karol Thayná, vencedora do concurso Mercado Persa 2018, em São Paulo e diretora do Espaça Cultural KT. Além de ministrar sua aula ao público com muita mestria, Karol apresenta profissionais da dança, que dão um espetáculo à parte.


A partir das 17h, as barracas da Praça de Alimentação já estão abertas e servem água, refrigerantes, sanduíches, caldos, churrasquinho, peixe e comidas diversas, a preços convidativos.


Outra opção é visitar a Feira de Artesanato, com produtos manuais e utensílios domésticos, além de mudas de plantas ornamentais e frutíferas.


Às 18h, o DJ Hool Ramos aciona as pickups do seu Clube do Vinil, numa interessante oficina que transmite conhecimentos de estilos musicais; operação de equipamentos; técnicas de mixagem (básica e avançada); e orientações para se iniciar no mercado de trabalho. Todas as oficinas são gratuitas.

A partir das 19h30h, começam as atrações musicais e o grande destaque deste sábado, 25 de março, será a cantora Célia Rabelo e Banda.


CÉLIA RABELO

A cantora Célia Rabelo é outra artista sempre presente nas edições do ARTE NA PRAÇA. Desta vez, ela garante que novamente muita qualidade a partir do universo musical de Tom Jobim, Gilberto Gil, João Bosco, Gonzaguinha e Elis Regina, apoiada na competência da banda composta pelo guitarrista Simão Santos, Manga Batera, Zambinha e Argemiro Oliveira.


A mídia da Capital sempre foi muito receptiva ao trabalho de Célia e ela sempre ocupa espaços generosos nos jornais e TVs. O CorreioWeb, de 14 de dezembro de 2018, contou a sua trajetória, destacando fatos comoventes de sua vida. Vale a pena conferir.


E quem diria que uma brincadeira faria com que o Distrito Federal ganhasse uma de suas maiores estrelas no palco? Esse é o início da história de Celia Rabelo, intérprete de sucesso na cidade, no país e no mundo.


“Minha mãe pediu para eu levar um recado ao amigo dela, o Fiu Som. Quando cheguei, ele e alguns amigos brincavam de karaokê. Ao me ver, Fiu pediu para que eu o esperasse. Nisso, me inscreveu para cantar”, conta. A partir de então, Celia, hoje com bem vividos 54 anos, passou a cantar em bandas de baile e se tornou profissional.


Após cinco anos do início inesperado, a artista passou a integrar a Orquestra do Maestro Ted Moreno, como crooner (cantor que acompanha orquestras). Assim, se tornou uma intérprete requisitada na capital federal. Conhecida pelo carisma, pela precisão na divisão melódica e pela voz vibrante, Celia conquistou não só o público brasiliense e brasileiro, mas também já levou seu canto a lugares como Haiti, Indonésia e França.


A infância da cantora foi marcada pelo alvoroço da transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília. Juscelino Kubitschek era uma figura muito querida pela mãe dela, dona Maria Diva. “Um dia, minha mãe nos levou até a Pedra Fundamental, em Planaltina, onde morávamos, e JK chegava a bordo de um helicóptero”, relembra. “


“Havia uma multidão querendo vê-lo. Lembro que ele tentava segurar o paletó e a gravata, que balançavam com o vento, imitando a hélice. Eu achei aquilo tão engraçado, que nunca mais esqueci”. Os pais de Celia, o cavaquinista Maurício e a acordeonista Maria Diva, vieram para o centro do país em busca de melhores oportunidades de emprego.


Pausa na carreira

Celia tornou-se cantora por uma brincadeira, mas foi por uma grande perda que ela quase abandonou a carreira. Em 2003, um dia após o Dia das Mães, ela perdeu a filha para a leucemia linfoide aguda. Ana Carolina tinha 18 anos.


“Como cantar? Apesar de existirem músicas alegres, como o samba, tudo era tristeza para mim”, confessa. Maurício Godói, filho da cantora, relembra o quanto a irmã era carinhosa e apegada a mãe. “Todos a amavam. Mas minha mãe foi, definitivamente, a mais afetada. Eu a vi em uma profunda tristeza por mais de um ano”, conta.


Caçula da família, Maurício ajudou Celia a superar a dor da perda. Juntos, eles compuseram a canção Eu te entendi, em homenagem a Carol. A música fala sobre ter esperança de que um dia haverá um reencontro e sobre ser feliz, independentemente das circunstâncias. “Minha mãe é uma vitoriosa. Ela supera qualquer obstáculo. Hoje, eu sei que ela é muito feliz, porém, naturalmente incompleta”, finaliza.


Outro fato que ajudou Celia a retomar a carreira foi o que ela considera um encontro com Deus. Como nunca havia trabalhado em outro ramo, a artista decidiu entregar currículo em um supermercado. “O gerente me disse que não podia me dar o emprego porque eu precisava voltar a cantar. Enalteceu minhas qualidades, me encorajou, mas não me deu o emprego”, relata.


Na saída, uma funcionária garantiu que o gerente não estava e não voltaria mais naquele dia. Incrédula, Célia voltou ao local onde falou com o homem e percebeu que não havia ninguém ali.


Também não havia outra saída ou qualquer meio que permitisse alguém sair sem passar por ela. “Eu tive uma visão na qual Deus falava que eu tinha que continuar na música,” afirma.


Atualmente com 32 anos de carreira, Celia Rabelo é uma das mais relevantes contribuições da MPB candanga. Em 2005, gravou o primeiro CD: Tudo bem. O álbum ganhou esse título porque ela decidiu que, a partir dali, tudo realmente ficaria bem. Além das apresentações internacionais, no Brasil interpretou canções ao lado de renomados artistas como Jair Rodrigues, João Donato, Vander Lee e Paulinho Pedra Azul, entre outros.


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